Arnold Schönberg |
A música é a arte que
mais vínculos pode ter com a ciência e a filosofia, porque o som é um fenômeno
físico que constitui a matéria para o músico, e o tempo, por sua vez, é
intagível mas é o espaço onde a música "vive". Esse ambiente onde o
material convive com o incorpóreo faz possível a existência de uma arte tão
particular.
No início do século
passado os músicos foram cientes deste fato numa forma tão intensa que sentiram a necessidade de renovar as raízes técnicas e estéticas, e até filosóficas colocando um problema existencial: incluir a arte no rumo presente da civilização. Acreditaram numa iminente caducidade das bases que tinham sustentado a música até aquele momento. As rápidas transformações sociais, a pujança do
conhecimento científico e o avanço da tecnologia motivaram uma forte reação
contra a estética do século XIX que foi considerada fora de lugar sob as
perspectivas dos novos tempos. Daí resultou um panorama bastante complicado.
Nesse mundo o artista começou a se sentir quase como um corpo estranho
engendrado no Romantismo.
Karlheinz Stockhausen |
O artigo que
desenvolve este tema foi publicado no site “El Cedazo” na Espanha e não existe
uma versão em
português. Mas talvez muitos de vocês possam entender a
língua espanhola e faço convite para ler o artigo completo. Nele desenvolvo a temática
analisando também certos aspectos técnicos relacionados com uma polêmica que
perdura até a atualidade.
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